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5 desmistificar o "Meditar"

Atualizado: 27 de mar. de 2020


Meditação pode ser fácil ou difícil, depende do modo como você está encarando. O ponto é que uma vez que você acessa e aprende a técnica, dificilmente vai esquecer como é estar neste "local" de maior tranquilidade, clareza, serenidade e quietude. É um "acesso a si mesmo". De alguma forma, seu "sistema" passa a pedir por estes momentos que são tão fortes de conexão consigo mesmo.


Os benefícios são incontáveis como certamente você já deve ter lido (ou experimentado) e só quem pratica de fato consegue entender! E para quem é mais cético, existem estudos da neurociência e como citado no livro "Ferramenta dos Titãs" grandes líderes, celebridades, atletas utilizam a meditação em sua rotina.


Aqui trago alguns pontos que gostaria colocar como dica e desmistificar.


1) Meditação é "Observação", não é "não pense em nada"

Popularmente a meditação ficou conhecida como "Não pense em nada; mente vazia; esvazie a mente". Sim, em algum momento pode ser que chegaremos neste estado, mas não é o objetivo. O grande ganho da meditação é a possibilidade de uma observação e não praticar objetivando o silenciamento. O silenciar e bem estar (acesso a si, a algo maior, o todo, se sentir vivo etc etc etc) é uma consequência e não um objetivo. Se você ficar meditando se cobrando em silenciar a mente, sem dúvida ficará bem mais difícil! A mente está fazendo o que faz: pensar! Assim, adotar uma postura de observar o que quer que esteja acontecendo, sem interferir ou interagir seria o ideal. E se a mente "viajar" ao longo do processo, simplesmente retorne gentilmente à prática, sem se martirizar.


2) Prepare o corpo

Chegar correndo do trabalho na agitação e logo sentar para meditar pode te "custar" mais para conectar com a prática. Dê uma chacoalhada, alongada no corpo, aperte pernas, braços, gire pescoço e ombros, solte a expressão do rosto, as mandíbulas. E se conseguir, esteja consciente neste momento da respiração, inspirando pelo nariz e expirando pela boca. É como se você estivesse dando um sinal para o seu sistema que "vou sentar para meditar". Ah, falando em sinal, se conseguir desligar o celular neste momento seria uma boa ideia!


3) Pesquise técnicas

Existem técnicas distintas de meditação (guiada, silêncio, ativa, shinsokan, yoga etc etc etc). Dependendo da época que está vivendo uma pode ser melhor que outra. Não quer dizer que uma técnica é melhor que outra, simplesmente, uma pode ser mais efetiva naquele momento. Entretanto, recomendo que uma vez escolhida uma técnica, experimente por um período maior (não só uma, duas, três vezes) para de fato você poder ter os ganhos. Ficar "pulando" de técnica em técnica não te proporcionará os reais benefícios. Aliás, um dos tópicos sempre questionados é o sentar. Você pode sentar-se confortavelmente em uma cadeira, não precisa ter uma enorme flexibilidade de cruzar as pernas e sentar no chão. Esta visão até "romantizada" pode te gerar mais ansiedade. Se der para sentar no chão, ok; se não der, sente-se na cadeira. Vamos simplificar.


4) Recorrência

A prática meditativa pode gerar benefícios logo na primeira prática, mas o real ganho é ao longo do tempo, com a recorrência: é uma construção. E neste sentido, sem dúvida o próprio praticante é o responsável por este processo. Há uma necessidade de disciplina, mas existem práticas que iniciam com poucos minutos todos os dias e que podem aumentar o tempo ao longo de períodos. Mas mesmo que sejam 5 minutos ao dia você poderá sentir os benefícios. É melhor 5 minutos a nada. Portanto, a falta de tempo não é desculpa! Massss veja o próximo item.


5) Seja gentil consigo

Terão dias que inevitavelmente sua mente estará mais agitada. Medite mesmo assim e não se penitencie por "não ter conseguido entrar em estado de meditação". Faz parte do aprendizado.

Certamente terão dias que você não vai querer meditar. Seria importante também poder meditar assim mesmo. Abrace este "não querer" e medite. ;)

Outro ponto de tensão que percebo é que muitas pessoas encaram a meditação como uma obrigação e se penitenciam por não conseguir colocar diariamente em prática. Óbvio que vale uma análise se você realmente está "preguiçoso", mas em geral, o que recomendo é "simplesmente volte a praticar e não fique se martirizando". Já estamos atarefados com cobranças o suficiente em nossas vidas; colocar-se mais uma obrigação pode ser prejudicial e o que pode ser um benefício pode virar um peso adicional no dia-a-dia. Não conseguiu manter a rotina? Ora, simplesmente retome.

Seja gentil consigo, é um processo de aprendizado e encare de forma leve. E também seja gentil e honesto na sua prática. Se você encarar a meditação como um "processo da minha iluminação; obrigação para ser uma pessoa melhor; tenho que ter uma prática de meditação; está na moda e as pessoas precisam saber que eu pratico" hmmmm talvez não seja a melhor forma de encarar a prática...


Deixo a dica de um livro: "Guia Prático de Meditação", de Khalis Chacel, editora Numa.

Não, não recebo por esta indicação rsrsrs. O livro é de rápida e gostosa leitura; é o que o título do livro diz. Muitos clientes que leram me deram o feedback que "é bom porque vai direto ao ponto".





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